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19/01/2021

Artigo: A tecnologia e o protagonismo dos valores humanos na comunicação

2020 entrou para a história como o ano em que o mundo parou. A pandemia gerou incertezas, exigiu adaptações e trouxe aprendizados para todos, entre perdas e oscilações emocionais causadas pelo distanciamento social. Uma das atividades humanas na qual mais precisamos nos reinventar foi a comunicação. As máscaras esconderam os sorrisos e nos ensinaram a ter a sensibilidade de enxergar através do brilho do olhar do nosso interlocutor.



Shows, festas, reuniões, aulas, treinamentos, consultorias e vendas, quase tudo passou a ser virtual. Criamos laços com outras pessoas que conhecemos apenas através da tela e aprendemos a dançar e cantar nas lives, como se estivéssemos em frente ao palco em um espetáculo ao vivo. E tudo isso transformando os nossos lares como espaço para todas essas interações.



O chinês Erik Yuan, fundador da plataforma de videochamadas Zoom, entrou em 2020 para a lista das 100 pessoas mais ricas do mundo. Com a pandemia, ele viu sua criação sair de 10 milhões de usuários para mais de 300 milhões e as ações de sua empresa valorizarem mais de 450% em apenas um ano. E será que, assim que o isolamento acabar, isso tudo virá abaixo? O CEO do Zoom acredita que não. Inclusive, tem planos para que, em no máximo 10 anos, a plataforma ofereça realidade aumentada, fazendo com que possamos sentir o cheiro de café em uma reunião virtual e apertar as mãos através da tela para concluir uma negociação. Impressionante, não é?



Não existe mesmo limite para a evolução tecnológica e, com tantas possibilidades, a adaptação, o aprendizado e o aperfeiçoamento se tornam ainda mais velozes. A teoria cognitiva comportamental de Piaget nos diz que a aprendizagem é um processo constante. Em uma de suas passagens mais conhecidas, ele diz: “O ideal da educação não é aprender ao máximo, maximizar os resultados, mas é antes de tudo aprender a aprender, é aprender a se desenvolver e aprender a continuar a se desenvolver depois da escola.”



Por isso, apesar da velocidade com que a tecnologia avança, o maior aprendizado da pandemia na área de comunicação e relacionamento interpessoal é: o ser humano ainda tem o papel de protagonista. Quanto mais recursos tecnológicos temos à disposição, mais se se fortalecem os valores humanos, a sensibilidade, a troca de conhecimento, a empatia e a força de identificação que apenas pessoas são capazes de gerar.



Nenhum projeto que tenha por premissa unir pessoas através da comunicação deve se esgotar na tecnologia em si. O planejamento precisa ir além e abarcar a riqueza da interação humana que só o conteúdo é capaz de gerar. Sempre digo que pessoas se identificam com pessoas, e não com gráficos ou estatísticas. É o poder de emocionar que move e transforma as coisas nas organizações humanas. Nós, na Unicred União, temos isso sempre em mente, porque acreditamos e também porque esse conceito está embutido nos princípios do cooperativismo há quase dois séculos – e não há nenhum sinal de que essa característica humana vá mudar.



2021 chegou, e no auge do ambiente digital as pessoas continuarão se encontrando e fortalecendo laços, pois, por maior que seja a evolução, o poder motriz que pessoas com interesses comuns têm para prosperar é imbatível.



 



Por Maysse Paes Honorato, Head de Comunicação da Unicred União




Fonte: Assessoria de Comunicação Unicred União