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NOTÍCIAS

04/04/2018

CooperJuriti festejou 50 anos no dia 23 de março

A CoperJuriti de Massaranduba, SC, da reconhecida marca de arroz BURITI, festejou seus 50 anos de bem sucedida trajetória na sexta-feira, dia 23 de março, com Assembleia Geral Ordinária de prestação de Contas, seguida de homenagens aos fundadores que, em 30 de março de 1968, assinaram a ata de criação. Depois, jantar típico, show e baile com entrada franca para toda a comunidade com a Banda os Montanari. Foi criado no mês de março de 2018 um conselho editorial para liderar a produção de um livro dos 50 anos, previsto par ser lançado em 15 de dezembro próximo.



O atual presidente da Juriti, Orlando Giovanella – 3º da história da cooperativa -, comemora bem mais que números, projetados para R$ 160 milhões de faturamento em 2018, margem líquida de 6,04% em 2017, 742 associados, 150 colaboradores diretos e mais 40 terceirizados. Giovanella festeja o impressionante nível de fidelização dos rizicultores - perto de 100% de operações efetivadas com a cooperativa -, o vasto leque de benefícios aos associados que incluem o pagamento de 40% do valor de medicamentos a todos os integrantes da família (programa que alcança também os funcionários e respectivos familiares), pagamento de 20% do plano de saúde dos sócios, programa de participação nos resultados aos colaboradores, além de ouvidoria com a base social através de núcleos de líderes e, internamente, via RH duas vezes ao ano.



Em 2017, a CooperJuriti recebeu 81 mil ton. de arroz e tem capacidade estática de armazenagem (que está sendo ampliada junto ao complexo de Massaranduba), de 63 mil ton. Os insumos agropecuários, que abastecem atividades como piscicultura, palmáceas, arroz e produção de bananas, ajudam bastante nas receitas da cooperativa.



Francisco Pawlak, Diretor Administrativo/Financeiro da Juriti, ressalta os resultados econômicos financeiros, contudo e em especial, “o engajamento das equipes internas às metas estabelecidas, o intenso humanismo nas relações corporativas e sociais e os vários programas de formação. Pawlak relata que a Juriti está preparando a nova geração de associados com consciência real do que é o sistema associativo e dos compromissos que essa atitude envolve, “tanto que hoje”, completa o diretor, “temos interessados em ingressar no nosso quadro social e, na nossa região, muita gente almeja ser profissional Juriti”.



Para Giovanella, que fechou seu primeiro mandado em 2016 relevando arrojo empreendedor impressionante com a inauguração de moderno complexo administrativo e industrial que consumiu mais de R$ 30 milhões junto à nova sede no trevo de Massaranduba (caminho dos Príncipes, Blumenau – Jaraguá do Sul), pensa que o crescimento deve continuar “sem que tiremos o pé do acelerador e, a cada fim de ano, distribuindo dividendos aos cooperados”. Ele projeta investimentos próximo de R$ 10 milhões em 2019 na unidade de Santo Antonio da Patrulha - RS para beneficiamento e produção de arroz branco. “Precisamos agregar valor à produção. Se a cooperativa é forte, a família associada fica cada vez mais segura e tranquila”, diz o líder.



Boil in bag



Entre as novidades dos últimos meses, está o arroz boil in bag (arroz de saquinho), que cozinha na própria embalagem, com porções individuais de 125 gramas. Jaqueline do Amorin, prestes a concluir engenharia química, informa que a porção serve praticamente a duas pessoas, a embalagem é biodegradável, “bastando apenas ´temperar´ a água, pô-la a ferver, adicionar o saquinho – que contém micro-furos – e depois de 20 a 25 minutos a comida está pronta sem sujar a panela”.



Outro ponto forte da Juriti é o aproveitamento da casca de arroz como fonte de energia, na queima das fornalhas, com Zero de uso de lenha, além do reuso de toda água que sai do processo, com separação das cinzas. A própria água usada no sistema de parboilização do arroz é totalmente tratada antes e depois das etapas industriais.



História de abnegação e coragem



O movimento para formar uma cooperativa de arroz na região de Massaranduba iniciou com a então ACARESC por volta de 1967, quando o extensionista Amantino Dalagnol, gaúcho de Nova Prata – RS e recém formado agrônomo, começou a estruturar lideranças agrícolas locais visando a organização sindical da classe. Em seguida, surgiu a ideia da cooperativa, ”mesmo com cinco engenhos particulares locais”, recorda o mentor. “Tivemos muita sorte, pois o então vereador mais votado de Massaranduba e que completava mandato-tampão do prefeito da época, comerciante experiente, Irineu Manke, aceitou o desafio de liderar o primeiro conselho de administração da Juriti, que começou a operar contabilmente em 02 de janeiro de 1969, data em que foi contratado, via seleção pública, Silvério Orzechowski, hoje superintendente da cooperativa e que se emociona ao recordar de tudo o que já passou. “Após 50 anos de serviços prestados, sinto muito orgulho de contribuir para o sucesso dessa entidade”, relata Silvério.



A viúva de Manke, Anne Lore, lúcida aos 80 anos, na semana que antecede a Páscoa prepara carinhosamente coelhinhos e ovos aos netos e bisnetos, que os espera de braços a abertos na data festiva. E, na praça central de Massaranduba, observa em silêncio o busto do ex-esposo Irineu, que faleceu em 16 de agosto de 2003 aos 73 anos. Entre lágrimas, com a mão esquerda sobre o ombro de bronze, expressa: “Ele tinha hora pra sair de casa rumo a cooperativa, mas não tinha hora para voltar. Meu marido tinha a Juriti nas veias. Essa homenagem foi mais do que justa”.




Fonte: Comunicação CooperJuriti