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12/11/2021

Febre aftosa: Santa Catarina é área livre sem vacinação há 14 anos

A Febre Aftosa é uma doença infectocontagiosa de alta transmissibilidade entre os animais, causada por um vírus, do qual existem 7 subtipos diferentes (O, A, C, SAT. 1, SAT. 2, SAT. 3 e Ásia 1), que são identificados apenas em laboratório. Os animais acometidos são os de cascos fendidos (bipartidos), como os bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Os sinais clínicos da doença são febre, salivação excessiva, dificuldade de mastigar ou deglutir, claudicação, vesículas na região da boca, tetos e ao redor dos cascos, que posteriormente se rompem gerando feridas, emagrecimento, inquietação, laminite com relutância para se mover e em vacas leiteiras ocorre queda rápida na produção de leite.



As formas de transmissão ocorrem de forma direta, que é o contato direto de um animal infectado com um animal sadio, e ocorre também de forma indireta através de pessoas que tiveram contato com animais infectados, se forem transportados em veículos contaminados, feno, ração, água se algum animal contaminado já tiver ingerido, e no caso de serem inseminadas com o sêmen de um animal infectado.



No dia 28 de outubro de 2021 foi sancionada a Lei estadual n°18.239, na qual permite o trânsito, de bovinos e bubalinos proveniente de zona livre sem vacinação dentro do estado de Santa Catarina. Atualmente, são reconhecidos pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) zonas livres sem vacinação os seguintes estados: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Rondônia e regiões da Amazônia e Mato Grosso de Sul. Animais provenientes de outras áreas, que não sejam as citadas acima, são proibidos dentro do estado.



Em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados, individualmente, com um brinco que assegura que os animais são nascidos e criados dentro do estado. A brincagem é obrigatória e é uma forma de controlar o rebanho catarinense. Apesar da população catarinense apoiar a fiscalização exercida pela Cidasc, o produtor é quem está em contato com o rebanho diariamente e, ao notar qualquer sintoma que remeta a Febre Aftosa, imediatamente, deverá comunicar os Médicos Veterinários Oficiais da Cidasc, que vão avaliar e conduzir o caso.



Santa Catarina foi o primeiro estado do Brasil a se tornar livre sem vacinação contra a febre aftosa. Com isso, se mantém como referência em saúde animal e completou, em 2021, 14 anos de um estado livre sem vacinação. Tal status sanitário foi fundamental para que o estado se tornasse o maior produtor de carne suína do país, abrindo portas para os mercados mais exigentes do mundo.




Fonte: Área Técnica OCESC