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16/08/2019

Presidente da Fecoagro diz que governador está equivocado com os defensivos agrícolas

“O Governador Carlos Moisés está equivocado na análise dos riscos dos defensivos agrícolas. Já está provado que os insumos são necessários, foram testados e não oferecem risco a população se usados corretamente”. A afirmação é do presidente da Fecoagro Claudio Post. Ele disse que o governador está se deixando levar por opiniões ideológicas, ignorando que existe todo um sistema de controle dos defensivos, tanto na produção, manuseio e aplicação que não oferece nenhum risco. Os defensivos são resultados de pesquisas onerosas e de longo tempo, provando que são desenvolvidos para atacar apenas as doenças e os insetos, e se fossem prejudiciais ao ser humano, não teriam sido aprovados pelos órgãos de controle no Brasil que são muito rigorosos. Além do Ministério da Agricultura tem a ANVISA e o IBAMA que fazem testes antes da liberação.



“De outro lado tem os prejuízos econômicos que precisam ser considerados. Não existe agricultura nem pecuária sem os defensivos em qualquer parte do mundo”, disse Claudio Post. “Os críticos dos defensivos não conhecem a realidade e ficam divulgando mentiras sobre os produtos e uma parte da mídia tem dado cobertura a tudo isso, desinformando a população. A não utilização de tecnologias disponíveis é andar pra trás. É inconcebível que um governante não veja isso”, disse o cooperativista.



A Fecoagro é frontalmente contra a tributação, não apenas pelo motivo alegado de que é pra reduzir o consumo de insumos agrícolas, mas também pelas consequências nos custos que isso representa na produção. Existe uma guerra de números sobre as repercussões nos custos, mas somente quem planta ou tem pecuária sabe quanto isso representa no final. Vai sobrar para o consumidor porque isso vai para o produto final. Além disso, está se andando na contramão dos mercados globalizados que tanto precisamos.



Evidentemente que se aqui em SC o produto custar mais caro devido o tributo, os agricultores vão buscar em outros estados, e até em países do MERCOSUL, e dai sim é risco maior, pois não haverá controle de qualidade nem de aplicação. A Cidasc que fiscaliza o uso dos defensivos vai perder o controle, procedimento eficiente que ela tem e é modelo para o país. A compra de fora, vai reduzir a comercialização internamente e a arrecadação pretendida será menor.



O presidente da Fecoagro espera que o governador se sensibilize, ignore os ambientalistas inconsequentes que gostam de mídia para defender suas teses. Venenos existem inclusive nos medicamentos humanos se não forem utilizados de acordo com as prescrições médicas. O mesmo acontece com os agroquímicos. Hoje os técnicos das cooperativas e da extensão rural têm o controle nas recomendações, nas aplicações dos insumos e dificilmente afetam a saúde humana. “Portanto, há que rever esse posicionamento do Governo do Estado, pois do contrário as consequências na economia do estado e para os agricultores serão irreversíveis”, disse o presidente da Fecoagro.




Fonte: Fecoagro